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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Por Trás do Criacionismo da Terra Jovem 7: Quem é Lucy?




Quem é Lucy?

Essa pergunta não é feita á toa se considerarmos o Criacionismo da Terra Jovem... Isso porque esse achado tem sido uma "pedra no sapato" para aqueles que rejeitam a evolução biológica. "Lucy" é o apelido dado ao esqueleto mais completo até agora do primata fóssil cientificamente conhecido como Australopithecus afarensis. E esse primata é o foco da discussão, pois ele já deu muito o que falar, a ponto dos criacionistas apresentarem posições diferentes em torno do fóssil, porém com a mesma alegação: não tinha parentesco nenhum com o homem. Recentemente a tese criacionista quase chegou a um consenso sobre o que é a Lucy, no entanto as últimas descobertas - e alguns fatos simplesmente ignorados - deixam novamente o Criacionismo da Terra Jovem sem resposta.
E não é só isso: quando tratamos do tema Australopithecus no "universo criacionista", também entra no assunto algumas fraudes, porém essas fraudes não foram feitas á favor da evolução, mas sim á favor do criacionismo... Como assim? Vejamos esse (curioso) caso mais de perto, e também conheçamos quem é realmente a Lucy.


MUDANDO CONCEITOS

Conforme pode ser visto aqui, hominídeos anteriores ao primeiro homem não é uma coisa que coloca a Bíblia em descrédito. No entanto, conceitos como esse, uma vez comprovados definitivamente, podem colocar o Criacionismo da Terra Jovem em total descrédito. Isso quer dizer que a luta contra os fósseis transicionais não é exatamente em defesa da Bíblia, mas sim do Fundamentalismo Criacionista e da Teoria da Criação Especial. Por isso, por vezes parece que "vale tudo" para defender essa posição, mesmo quando as evidências apontam para o sentido oposto.

É mais ou menos esse o motivo do desentendimento que ocorreu e continua ocorrendo entre os criacionistas sobre a Lucy, ou melhor, o Australopitheus afarensis.
De acordo com os cientistas evolucionistas, o gênero Australopithecus é considerado um dos mais antigos hominídeos, tendo dado origem diretamente ao gênero Homo, ou seja, ele é considerado um fóssil de transição entre os primatas mais antigos e a nossa espécie, um "elo perdido", vulgarmente falando. Obviamente o criacionismo jamais poderia aceitar essa interpretação acerca dos fósseis do Australopithecus. Desde então, as opiniões sobre o que seria essa criatura para o criacionismo não deixaram de surgir. Inicialmente, é claro, os criacionistas da Terra Jovem possui um consenso a respeito da idade do fóssil: ele seria pré-diluviano, no entanto não teria mais de 6 mil anos de idade, ao contrário da data estipulada pela geocronologia, que é de 3 milhões de anos atrás. Mas o consenso limita-se á esse fato: a definição para o Australopithecus foi extremamente variada no decorrer da história do Criacionismo da Terra Jovem.


UM PUNHADO DE OSSOS


A descoberta dos esqueletos de Australopithecus afarensis, em 1974, criou muita polêmica a princípio, a começar pelo tamanho desproporcional entre o macho e a fêmea da espécie e também os próprios ossos, que apresentam literalmente uma mescla de características simiescas e humanas.

Mas só o fato da diferença entre as alturas entre o macho e a fêmea foi suficiente para se argumentar que os fósseis reunidos com esse nome podiam muito bem ser partes dispersas de vários animais. Estava armado o dilema, já que seria impossível discutir a evolução de uma criatura indefinida — sobre a qual nada se podia dizer de concreto, ou confiável. No entanto essa argumentação já caiu por terra apenas duas décadas depois do anúncio da descoberta do fóssil, pois comprovou-se que de fato os ossos eram do mesmo animal. Atualmente nenhum criacionista duvida disso.

Então, restou partir para o "plano B". E é aí que as fraudes se iniciam...






"TEM QUE SER UM CHIMPANZÉ!"


Uma vez comprovada a autenticidade desse primata, teria que existir alguma evidência que fizesse cair por terra a alegação de que a criatura era um hominídeo, como apontavam os evolucionistas. Foi aí que surgiu a tese de que o Australopithecus seria um tipo de chimpanzé e não um humanóide.

As tentativas de validar o fato foram feitas por dois cientistas: Solly Zuckerman e Charles Oxnard. O problema é que ao contrário do que os criacionistas ainda afirmam, os estudos realizados por esses cientistas não foram feitos corretamente.

Inicialmente, Solly Zuckerman tentou provar com estudos biométricos (com base em medições) que os australopithecus foram macacos, porém, seus estudos foram considerados obsoletos em 1950.

Já Charles Oxnard (1975), afirmou, baseado em suas análises multivariadas, que o Australopithecus não são mais intimamente relacionados, ou mais semelhante aos humanos do que os macacos modernos. O cientista Howell (1978), no entanto, criticou esta conclusão por uma série de motivos, dentre os quais:

- Os resultados obtidos por Oxnard foram baseados em medições de alguns ossos do esqueleto, que eram normalmente fragmentadas e muitas vezes mal conservados.


- As medições não descrevem a forma complexa de alguns ossos, e não distinguem entre os aspectos que são importantes para a compreensão de locomoção do fóssil.


Como se isso não bastasse, há "uma enorme quantidade de evidências", baseado na obra de cerca de 30 cientistas, o que contraria o trabalho de Oxnard. Estes estudos utilizaram uma variedade de técnicas, incluindo aqueles utilizados por Oxnard, e foram baseados em muitas diferentes partes do corpo do fóssil. Eles indicam que a esmagadora maioria dos Australopithecus se assemelham a seres humanos de forma mais estreita do que os chimpanzés.

Agora, o pior não é isso: o fato é que a "Lucy" foi descoberta DEPOIS dos estudos de Oxnard!!

É certo que, se tais estudos não foram bem feitos, a culpa não é do criacionismo. O problema é que os criacionistas ainda mencionam tais estudos como fieldignos, o que não são, e os atribuem como sendo sobre a "Lucy", o que também é mentira. Mas poderia haver alguma farsa criada pelos próprios criacionistas em favor da tese sobre os Australopithecus serem chimpanzés?


A ANATOMIA NÃO MENTE, PORÉM HÁ QUEM MINTA


É muito comum ouvirmos ou lermos a afirmação dos criacionistas que o Australopithecus não tinha nada de humano. Para isso são usados diversos argumentos. Ou até farsas...

Uma fraude quase nunca mencionada que foi feita em favor do criacionismo é de autoria da Sociedade Torre de Vigia, ou seja, das Testemunhas de Jeová (embora eles sejam indúbitavelmente criacionistas da Terra Antiga, usam também de argumentos contra a evolução biológica). Trata-se de um conjunto de gravuras apresentadas no capítulo sete do livro "A vida - qual sua origem: Criação ou Evolução?". Na página 94, vemos a representação de três crânios justapostos - identificados como pertencendo a um homem moderno, a um chimpanzé e a um Australopithecus. A gravura visa a produzir no leitor a impressão de que o fóssil guarda relação estreita com o chimpanzé e não com o ser humano, justamente como o criacionismo quer que seja. Mas a que critério levaria a esta conclusão? Para os escritores da Sociedade Torre de Vigia, uma comparação morfológica dos crânios pareceu fazer sentido . Eis a figura:












O autor do livro salienta que as características do Australopithecus (à esquerda) eram "sobrepujantemente simiescas". Na forma como os crânios são colocados acima, um ao lado do outro, realmente é forte a impressão causada no leitor de que o fóssil tem parentesco com o chimpanzé (ao centro), dificilmente tendo alguma vinculação com o ser humano atual (à direita). Todavia, a gravura acima apresenta uma peculiaridade que facilmente escapa aos olhos do leigo... Observe a gravura abaixo, extraída do livro antecessor ao vigente (Veio o Homem a Existir por Evolução ou Criação?), na pág. 85:






















Parece-lhe familiar a representação acima? Na verdade, trata-se essencialmente da mesma figura publicada no livro antecessor. O layout gráfico foi melhorado, mas a figura é indiscutivelmente a mesma. Observe o crânio no alto, à esquerda - identificado como "macaco extinto" e compare-o ao da gravura anterior, identificado como "crânio de chimpanzé". A semelhança não é coincidência: os crânios são idênticos. Neste caso, podemos nos perguntar: afinal, o crânio é de um chimpanzé ou de um macaco extinto? Bem, há duas possibilidades: ou autor não conhecia o aspecto de um crânio de chimpanzé ou apoiou-se na ignorância do leitor, o qual dificilmente perceberia a alteração na identificação... Na verdade, o crânio em questão não é de um chimpanzé. Aí está a fraude.

Mas, que interesse teriam os editores do livro em adulterar o texto? Sobre isso pode-se apenas conjecturar... Contudo, tem-se uma hipótese: a exposição de um genuíno crânio de chimpanzé poderia levar a dificuldades... Vejamos: os chimpanzés possuem grandes caninos, os Australopithecus, não. Pode parecer um insignificante detalhe, porém a arcada dentária dos Australopithecus - notavelmente semelhante à dentição humana - é um dos aspectos anatômicos que os coloca como candidatos a membros na linhagem de seres que conduziram ao homem. Comparemos agora um verdadeiro crânio de chimpanzé com os outros dois, conforme a figura abaixo:












Será que o Australopithecus é um chimpanzé?

Apesar disso, isso não é o suficiente para derribar de uma vez a tese de que o Australopithecus tem de ser classificado como um chimpanzé. Uma alegação apresentada nesse link, por exemplo, afirma que o Australopithecus era um chimpanzé porque andava encurvado e possuía hábitos arborícolas. No entanto, para ser verdade de que ele andava encurvado ele teria que ter o quadril adaptado para tal, ou seja, igual ao dos símios e diferente da do homem. Mas será que isso acontece?

Em primeiro lugar, deve-se ter em mente que ocorre por parte dos criacionistas uma generalização a respeito do que seria o Australopithecus, como se todas as espécies de Australopithecus fossem iguais. Observe:

- O Australopithecus africanus tinha uma feição mais puxada para o gênero Homo.

- O Australopithecus robustus, hoje reclassificado como Paranthropus robustus, tinha algumas semelhanças entre o gênero homo, mas era bem mais robusto.

- O Australopithecus afarensis, a espécie de Lucy, possuía uma mescla perfeita entre antropóides e hominídeos

- O Australopithecus ramidus, por outro lado, era realmente mais simiesco. Esse sim era arborícola.

Tendo tantas características diferentes, é muito precipitado afirmar que o Australopithecus é um chimpanzé, já que existem variações notáveis entre as espécies.

Mas mesmo assim, vamos considerar uma afirmação daquele site criacionista, a de que o Australopithecus andava arcado.
Uma imagem vale mais que mil palavras. À direira, o Australopithecus afarensis; à esquerda, o Chimpanzé (Pan troglodytes):
























Na imagem abaixo, podemos ver a real postura do Australopithecus e a do Cimpanzé, contrária a afirmação sem base lançada pelos criacionistas fundamentalistas:





















Ademais, o Australopithecus era tão diferente do chimpanzé que um site criacionista acabou fazendo uma estranha menção a respeito dos fósseis da Lucy:

"Outros exemplos de Australopithecus, os achados na África do Sul (Australopitecus Afarensis), tidos como exemplo de macacos sul-africanos, (onde se enquadra o famoso fóssil de Lucy), por terem uma cultura humana ainda muito primitiva, foram reclassificados como sendo pigmeus."
(Fonte da alegação)

Pigmeu?? Ora, se o criacionismo classifica o Australopithecus como chimpanzé, por que vemos a alegação de que ele era um pigmeu?? Como podemos ver nas imagens acima, o seu crânio tem traços de pertencer á mesma família do Homo sapiens, mas de forma alguma era de Homo sapiens...

Tudo isso significa que encaixar o Australopithecus como sendo chimpanzé é um erro.

É UM HOMINÍDEO OU NÃO É?

Em vista a todas essas informações, a ação mais recente dos criacionistas é a de classificar os Australopithecus como um grupo á parte de símios, os Australopitecídeos. Essa ação leva em conta que o Australopithecus não era chimpanzé, mas também não era um hominídeo.

Para tal argumento ser derribado, bastava termos evidencias anatomicas de que o Australopithecus possui características que o classificam na família dos Hominídeos.

Bom, o que acontece se compararmos a bacia e as pernas do Homem com a do Australopithecus e do Chimpanzé? Quais se parecem mais?








































Atente também para os pés do Chimpanzé, adaptados para a vida arborícola, e os do Australopithecus, que são mais semelhantes ao do homem. Isso também rebate, por tabela o argumento criacionista de que o Australopithecus era arborícola.

E que tal analisarmos as maxilas?















A maxila do canto esquerdo é a do Chimpanzé, a do meio é do nosso amigo Australopithecus e a do canto direito é a de um Homem.

Uma característica que colocaria o Australopithecus como Hominídeo seria a postura. Sabemos que os símios não andam eretos mas bastante encurvados; se o Australopithecus andou com uma postura próxima a do Homo sapiens teríamos mais uma contra-evidência para o argumento criacionista.

Vejamos? para analisarmos isso basta compararmos a posição do orifício chamado "foramen magno", de onde "nasce" a coluna vertebral. A do ser humano se encontra na base do crânio, o que permite que ele ande ereto. Observe o foramen magno do ser humano:














Agora, abaixo podemos ver o foramen magnum do crânio de quatro primatas: Australopithecus, Cimpanzé, Gorila e Orangotango:






















Qual se parece mais com o foramen magnum do Homo sapiens? Obviamente que é o crânio laranja. E o crânio laranja é de qual primata? Resposta: Australopithecus afarensis. Note que o foramen magno não está tão embaixo, mas isso é porque ele possuía uma curvatura "leve" na espinha. De acordo com os fósseis o andar ereto total foi a partir do Homo ergaster. Mas isso não é relevante: o que conclui-se é que a posição da espinha e o seu formato (veja que o foramen magno do Australopithecus é grande como o do Homo sapiens) eram mais próximas a do Homem que dos demais primatas, o que permitiria ao Australopithecus caminhar praticamente ereto.

Outra evidência que colocaria o Australopithecus como sendo hominídeo seria o pé. Isso mesmo, o pé. É que o pé do ser humano é único, prontamente adaptado á caminhada em terra, e totalmente inapto á escalada em árvores, ao contrário do dos demais símios. Se existissem evidências de similaridades entre o pé do Australopithecus e do Homem, a questão estaria finalizada e teríamos realmente o Australopithecus como pertencente á família dos hominídeos... Mas como analisar, por exemplo, a planta do pé de uma criatura fóssil?


DA CABEÇA AOS PÉS


Laetoli é um local na Tanzânia á 40 km a sul do desfiladeiro de Olduvai. Várias pesquisas relacionadas á evolução humana foram feitos nesse local. Em 1976 foram encontradas pegadas de animais e em 1977 foram encontradas pegadas que se dizem ter sido feitas por uma criatura que andava de pé, porém de uma maneira humana. No livro de Johanson e Edey "Lucy, the Beginnings of Mankind", White diz: "Não há dúvidas, ... São iguais a pegadas do homem atual. Se aparecesse uma na areia de uma praia californiana e perguntassem a um rapazinho de 4 anos, ele diria imediatamente que alguém tinha andado ali. Nem ele nem você conseguiriam distinguí-la de uma centena de outras pegadas na praia (p.250)." Num artigo publicado na Science white escreve: "As pegadas não erodidas tem um padrão morfológico idêntico ao existente no homem moderno..."

Na verdade, essas pegadas em tamanho eram pequenas, e foram feitas por dois indivíduos: um grande e o outro pequeno, e o tamanho das pegadas é exatamente do tamanho dos pés de Australopithecus afarensis macho e fêmea, respectivamente. Ainda por cima, a idade do substrato remete, exatamente, a época do Australopithecus afarensis. Por isso a maior parte dos cientistas conclui que essas pegadas foram feitas por essa espécie.

Mas a respeito desse argumento, os criacionistas rebatem afirmando que essas pegadas seriam de humanos modernos e não Australopithecus, justamente por apresentarem anatomia de uma pegada humana (lembre-se que os criacionistas não acreditam nos métodos de datação). Realmente, só por pegadas fica difícil de determinar quem as deixou. Poderia ser um Australopithecus, poderia não ser...

Mas eis que temos a prova definitiva...

Um osso fossilizado do arco do pé do Australopithecus afarensis foi encontrado na Etiópia, e ainda datado da mesma época das pegadas de Laetoli. A descoberta foi anunciada esse ano, ou seja, é recente. "Este quarto metatarso é o único conhecido do 'A. afarensis' e é uma peça chave da evolução remota da forma única com que os humanos caminham", disse William Kimbel, coautor do estudo na Universidade do Estado do Arizona.

O arco do pé serviria como alavanca para sair do chão no início de uma caminhada e para absorver o impacto quando o pé volta a pisar, sugerindo que o pé do Australopithecus era parecido com o nosso. Os símios, porém, têm a planta do pé mais plana, o pé é mais flexível e os dedos grandes que lhes permitem se agarrar às árvores, atributos que não estão presentes no Australopithecus afarensis. Em outras palavras, o pé do Australopithecus era igual ao nosso e produziria pegadas iguais á nossa, e sim, devem ter realmente produzido as pegadas de Laetoli.

CONCLUSÃO

Quem é Lucy?

Lucy era um hominídeo. Um dos mais antigos antepassados da espécie Humana (perto do final da formação do pó da terra até o primeiro humano, que receberia o Sopro Divino, se levarmos em conta Gênesis 2,7). E todas as inúmeras tentativas de negar a classificação do Australopithecus como hominídeo foram em vão.

E, novamente, com isso vemos mais uma série de mentiras ocultas no Criacionismo, e dessa vez está no meio até a tese criacionista das Testemunhas de Jeová que, embora seja "da Terra Antiga", rejeita a teoria da evolução da mesma forma que o Criacionismo da Terra Jovem.

Olhando para tudo isso, nos deparamos com uma situação ruim. As evidências de que existiram "homens-macacos" como o Australopithecus não é contrária à Bíblia, mas sim á Teoria da Criação Especial, que já foi discutida aqui. Ora, se as informações a respeito de determinado assunto não se encaixam com paradgmas pré-estabelecidos, como essa tese, o que é correto fazer? Distorcer a verdade par encaixá-la no paradgma, como os criacionistas tentaram fazer com a Lucy, ou aceitar a realidade dos fatos e abandonar o antigo paradgma, mas sem se distanciar da Palavra de Deus?...


Há algo a se pensar...


FONTE:




http://members.fortunecity.com/torredevigia/chimp.htm

http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20100410054609AADxpI9

http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20090213085807AA4Bs5W

http://cve.acordem.com/menu/1/31031//
http://super.abril.com.br/cotidiano/australopithecus-afarensis-retrato-passado-441009.shtml

http://arqueologiabiblica13.blogspot.com/2010_02_01_archive.html


http://nspriscila.spaces.live.com/blog/cns!BC358A7111B369F1!813.entry?sa=476130923


http://adven.webnode.com.br/news/a-farsa-do-evolucionismo/


http://www.talkorigins.org/faqs/homs/a_piths.html

http://sociedadecriacionistapiauiense.blogspot.com/2009/05/como-montar-um-hominideo-parte-4.html


http://ceticismo.net/comportamento/tipicos-erros-criacionistas/parte-07-%E2%80%93-paleontologia-ii/

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u709707.shtml

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O episódio significativo da Torre de Babel


Em Gênesis capítulo 11 nós vemos a menção do episódio da Torre de Babel. Segundo a narrativa, a Torre de Babel foi uma torre construída por um povo com o objetivo de que o cume chegasse ao céu, para chegarem a Deus. Isto era uma afronta dos homens para Deus, pois eles queriam se igualar a Deus. Ele, etão, parou o projeto e fez com que a torre ruisse, depois castigou os homens de maneira que estes falassem varias línguas para que os homens nunca mais se entendessem e não pudessem voltar a construir uma torre. Confira a narrativa:



"Em toda a Terra, havia somente uma língua, e empregavam-se as mesmas palavras.
Emigrando do Oriente, os homens encontraram uma planície na terra de Sinar e nela se fixaram. Disseram uns para os outros: 'Vamos fazer tijolos, e cozamo-los ao fogo.' Utilizaram o tijolo em vez da pedra, e o betume serviu-lhes de argamassa.
Depois disseram: 'Vamos construir uma cidade e uma torre, cujo cimo atinja os céus. Assim, havemos de tornar-os famosos para evitar que nos dispersemos por toda a superfície da terra.'
O SENHOR, porém, desceu, a fim de ver a cidade e a torre que os homens estavam a edificar.
E o SENHOR disse: 'Eles constituem apenas um povo e falam uma única língua. Se principiaram desta maneira, coisa nenhuma os impedirá, de futuro, de realizarem todos os seus projetos. Vamos, pois, descer e confundir de tal modo a linguagem deles que não consigam compreender-se uns aos outros'. E o SENHOR dispersou-os dali por toda a superfície da Terra, e suspenderam a construção da cidade.
Por isso, lhe foi dado o nome de Babel, visto ter sido lá que Deus confundiu a linguagem de todos os habitantes da Terra, e foi também dali que os dispersou por toda a Terra."
Gênesis 11, 1 - 9.



Essa história explicaria, então, o motivo de existir toda essa diversidade de idiomas que conhecemos. Mas aí surge a pergunta: a história da Torre de Babel é, de fato, um relato histórico ou um mito? Teriam todas as linguas derivadas de uma "língua mãe"?

Curiosamente, existem motivos fortes para se acreditar na veracidade do relato Torre de Babel. Isso significa que, mais uma vez, uma história bíblica julgada por muitos como ilusória pode ganhar um bom valor histórico...


DE UMA VIERAM TODAS


A primeira evidência, no entanto, não provém da arqueologia, mas sim da Linguística, a ciência que estuda a evolução das línguas, suas estruturas e possíveis inter-relações no quadro histórico e social. Nós temos hoje uma quantidade significativa de idiomas - cerca de 3 mil diferentes, sem contar as já extintas - e apesar disso, os pesquisadores têm detectado muitas semelhanças entre os diferentes idiomas, e essas semelhanças são tão incríveis que é difícil que seja tudo coincidência.

Segundo o lingüista Cidmar Teodoro Pais, da Universidade de São Paulo, a comparação entre as várias línguas do planeta, tanto as ainda faladas quanto as já desaparecidas, revela efetivamente algumas características comuns que apontam para a possível existência de uma língua primeira, mãe de todas.

No entanto, para os pesquisadores identificar a origem dos idiomas é um verdadeiro desafio, pois as diferentes línguas, agrupadas em doze "famílias", aparentemente nada têm em comum, ou seja, os pesquisadores têm de detectar semelhanças onde o que salta aos olhos são justamente as diferenças. As buscas, contudo, têm o estímulo das barreiras já derrubadas. Quem diria, por exemplo, que há algum parentesco, embora remoto, entre o português e o sânscrito, uma língua falada na Índia há milhares de anos, e ainda a sua versão moderna, o hindi? E, no entanto, o parentesco existe!


Na persistência em estudar a origem das linguas, os pesquisadores descobriram que esses idiomas descendem de um mesmo e único tronco, o indo-europeu, pertencendo portanto à grande família das línguas indo-européias que inclui também o grego, o armênio, o russo, o alemão, entre muitas outras. Hoje, aproximadamente a metade da população mundial tem como língua nativa um idioma dessa família. Foi justamente a descoberta do parentesco entre o sânscrito e as línguas européias, no século XVIII, que fez nascer a Lingüística histórica, dedicada a investigar essas similaridades. A tese da origem comum foi proposta em 1786 por Sir William Jones, um jurista inglês cujo passatempo era estudar as culturas orientais.

É claro que todo esse estudo, para se chegar á tal conclusão, não foi feito de qualquer jeito. Essa pesquisa percorre o caminho aberto pelas leis lingüísticas, resultantes de outros estudos, que mostram como os sons e os sentidos das palavras evoluem com o tempo, promovendo a transformação das línguas. Essas leis são estabelecidas a partir de comparações entre palavras. Por exemplo, do latim lacte e nocte vieram as formas leite e noite. Comparando-se os termos, percebe-se que o "c" das palavras em latim virou "i" nos vocábulos em português. No século passado, o trabalho dos lingüistas se apoiou fortemente numa lei formulada em 1822 pelo alemão Jacob Grimm (1785-1863), mais conhecido pelos contos de fadas que escreveu com seu irmão Wilhelm, entre os quais Branca de Neve e os sete anões.

A lei de Grimm afirmava ser possível prever como alguns grupos de consoantes se modificariam com o tempo nas línguas indo-européias. Entre outras coisas, ele dizia que uma consoante forte ou sonora (pronunciada fazendo-se vibrar as cordas vocais) tendia a ser substituída por sua equivalente fraca ou surda (pronunciada sem vibração das cordas vocais). O "b" e o "p"constituem um par desse tipo, assim como o "d" e o "t". "B" e "d " são fortes, "p" e "t" são fracas, como se pode comprovar, pronunciando-os com a mão na garganta. Com base nessas leis, foi possível mostrar, por exemplo, que a forma dhar em sânscrito, que significa puxar, trazer, originou o inglês draw, o alemão tragen, o latim trahere e o português trazer, todos com significado semelhante. O "d" da palavra em sânscrito virou "t" nas outras línguas. Pode-se concluir ainda que a palavra em inglês evoluiu menos que nas demais, pois se manteve fiel ao som original do sânscrito.

Os lingüistas puderam assim "estabelecer um modelo confiável das relações familiares entre as línguas", conta o paulista di Giorgi, "construindo um modelo bastante aceitável do que teria sido a língua ancestral, o proto-indoeuropeu.

Toda língua produz e reflete cultura, e não é à toa que, fundamentados nas palavras reconstituídas da protolíngua, os pesquisadores podem inferir com razoável margem de confiança os hábitos do povo que a falava. Com esses dados é possível construir pontes até outros grupos aparentemente não relacionados. Por exemplo, tanto nas línguas indo-européias quanto no grupo semítico, as palavras homem e pó da terra originalmente se confundem. Em hebraico, são respectivamente adam e adamah, ambas derivadas de uma raiz comum em proto-semítico. Já em proto-indo-europeu, a palavra dheghom tem os dois significados. A parte final originou o latim homo (homem) e humus (terra, solo). Assim, embora não haja parentesco etimológico algum entre as palavras semíticas e indo-européias, é clara a semelhança quanto à maneira de pensar e classificar o mundo entre as populações de ambos os grupos lingüísticos.

Sendo assim, um ponto da história da Torre de Babel já sabemos que é verdade: todas as línguas descendem de uma só. Agora, quando isso aconteceu?


QUANDO A DISPERSÂO ACONTECEU?


Quando tratamos da questão da dispersão o surgimento da linguagem temos que ter em mente que estamos falando dos idiomas pós-diluvianos, ou seja, o fato de toda a variedade de idiomas que temos ter surgido supostamente do episódio da Torre de Babel, não estamos levando em consideração os idiomas falados pelas gerações anteriores a Noé, que foram liquidadas no Final do Pleistoceno (no Dilúvio). Sendo assim, é correto dizer que a linguagem antecede o aparecimento do Homo sapiens (entre 160 mil e 200 mil anos). Provavelmente, entre os primeiros Homo heidelbergensis, já existiam idiomas rudimentares graças às semelhanças anatômicas entre os hominídeos bípedes e nós. Na verdade, ter o corpo apoiado sobre duas pernas – e as conseqüências morfológicas decorrentes, como o descenso da laringe – foi fundamental para desenvolver as capacidades de emitir sons variados.

As palavras emitidas nos tempos pré-históricos teriam se perdido no dilúvio. A história mudou – ou melhor, começou – mais ou menos 5 mil anos antes de Cristo, com a invenção da escrita. Pelo estudo de registros que remontam àquela época, os filólogos puderam fazer uma espécie de “árvore genealógica das línguas”. Sendo assim, o episódio da Torre de Babel e a dispersão das línguas começou provavelmente entre 10 e 6 mil anos, se formos retrocedendo nessa "árvore genealógica". É desse tempo, curiosamente, que se data a travessia dos homens pré-históricos pelo estreito de Bering até as Américas, o que teoricamente se encaixa com Gênesis 10:5 "Estes repartiram entre si as ilhas das nações nas suas terras, cada qual segundo a sua língua, segundo as suas famílias, em suas nações." (OBS: Embora essa citação seja de um capítulo anterior ao capítulo 11, que fala da Torre de Babel, temos que levar em mente que o Gênesis não tem um sentido cronológico exato, tal qual Gênesis 1 e 2, onde temos supostamente dois relatos da Criação).

É importante ressaltar também que não estamos levando em conta, aqui, a escala de tempo proposta pelo Criacionismo da Terra Jovem, que transfere a idade da Torre de Babel para uma época muito mais recente, isso porque eles se baseiam na soma das idades dos patriarcas mencionados na genealogia de Gênesis; porém fazer isso pode gerar dados extremamente imprecisos, como pode ser visto aqui. Tanto é que o único ponto em que as divergências de datações chegam em um ponto comum entre os teólogos é só a partir do patriarca Abraão, que viveu provavelmente entre os séculos XXI e XVIII a.C. E o que podemos dizer, então, das evidências arqueológicas?


UMA HISTÓRIA POPULAR NA ANTIGUIDADE


Um fato interessante que acontece com muitas narrativas da Bíblia, especialmente as contidas em Gênesis, é que podemos encontrar as mesmas histórias contendo alguma variação mínima, mas sendo as mesmas histórias. Como exemplo de casos como esse temos o do Jardim do Éden, o Dilúvio e nada mais nada menos do que a Torre de Babel. Esses dados provenientes de outras culturas são muito importantes, pois eles podem nos contar detalhes adicionais, ou até fundamentais, para as histórias e ainda aumenta a chance de terem ocorrido de verdade, uma vez que uma mesma história é contada por muitos povos diferentes. E não é de se admirar encontrarmos registros da história da Torre de Babel em outros povos, afinal de contas trata-se de um evento significativo: o momento em que o idioma do ser humano se dispersou.

- Jubileus

O Livro dos Jubileus, que se sabe ter sido usado entre pelo menos 200 a.C. e 90 d.C., contém um dos relatos mais detalhados alguma vez encontrados sobre a Torre.

E eles começaram a construir, e na quarta semana fizeram tijolos com fogo, e os tijolos serviram-lhes para pedra, e o barro com que os cimentaram juntos era asfalto que vem do mar, e das fontes de água na terra de Sinar. E eles construíram-no; a sua largura era de 203 tijolos, e a altura [de um tijolo] era o terço de um; a sua altura era de 5433 cúbitos e 2 palmos, e [a extensão de uma parede era] treze estádios [e da outra trinta estádios]. (Jubileus 10:20-21, tradução de Charles em 1913)

Observe que um estádio equivale a 185,4 metros e um cúbito a pouco mais de 0,5 metros.

- Midrash

A Literatura Rabínica oferece muitos relatos diferentes sobre outras causas para a Torre de Babel ter sido construída, e sobre as intenções dos seus construtores. Na Mishná, por exemplo, era vista como uma rebelião contra Deus. Uns midrash mais tardios registam que os construtores da Torre, chamados "a geração da secessão" nas fontes Judaicas, disseram: "Deus não tem o direito de escolher o mundo superior para Si próprio, e de deixar o mundo inferior para nós; por isso iremos construir uma torre, com um ídolo no topo segurando uma espada, para que pareça como se pretendesse guerrear com Deus" (Gen. R. xxxviii. 7; Tan., ed. Buber, Noah, xxvii. et seq.).

Segundo Josefo e Midrash Pirke R. El. xxiv., foi principalmente Nimrod quem persuadiu os seus contemporâneos a construir a Torre, enquanto que outras fontes rabínicas afirmam, pelo contrário, que Nimrod estava separado dos construtores.

- Apocalipse de Baruque

O terceiro livro de Baruque, ou Apocalipse de Baruque (3 Baruque), conhecido apenas de cópias Gregas e Eslavas, parece aludir à Torre, e pode ser consistente com a tradição Judaica. Nele, Baruque é primeiro levado (numa visão) a ver o local de repouso das almas "daqueles que construíram a torre da discórdia contra Deus, e o Senhor baniu-os." A seguir é-lhe mostrado outro lugar, e lá, ocupando a forma de cães.

"Aqueles que deram a sugestão de construir a torre, por aqueles que vós vistes conduzirem multidões de ambos homens e mulheres, a fazerem tijolos; entre quem, uma mulher que fazia tijolos não era autorizada a ser libertada na hora do parto, mas trazida à frente enquanto estava a fazer tijolos, e carregava o seu filho no seu avental, e continuava a fazer tijolos. E o Senhor apareceu-lhes e confundiu a sua fala, quando eles tinham construído a torre à altura de quatrocentos e sessenta e três cúbitos. E eles pegaram numa broca, e procuraram perfurar os céus, dizendo, Veja-mos se o céu é feito de barro, ou de latão, ou de ferro. Quando Deus viu isto Ele não os permitiu, e castigou-os com cegueira e confusão da fala, e tornou-os no que vistes."(Apocalipse grego de Baruque, 3:5-8)

- Alcorão e Tradições Islâmicas

Embora não mencionada pelo nome, o Alcorão tem uma história com parecenças com a história Bíblica da Torre de Babel, embora localizada no Egipto de Moisés. Em Sura 28:38 e 40:36-37 o Faraó pede a Haman para lhe construir uma torre de barro para que ele possa subir até ao céu e confrontar o Deus de Moisés.

Outra história em Sura 2:96 menciona o nome de Babil, mas dá poucos detalhes adicionais sobre isso. Contudo, o conto aparece mais completo em escritos Islâmicos de Yaqut (i, 448 f.) e de Lisan el-'Arab (xiii. 72), mas sem a torre: os povos foram varridos por ventos até à planície que foi depois chamada "Babil", onde lhes foram designadas as suas línguas separadas por Alá, e foram depois espalhados da mesma forma.

Na História dos Profetas e Reis pelo historiador Muçulmano Tabari do século XIX, é dada uma versão mais completa: Nimrod faz a torre ser construída em Babil, Alá destrói-a, e a língua da humanidade, previamente o Siríaco, é então confundida em 72 linguagens. Abu al-Fida, outro historiador Muçulmano do século XIII, relata a mesma história, adicionando que o patriarca Éber (um antepassado de Abraão) tinha sido autorizado a manter a língua original, neste caso o Hebraico, porque ele não participava na construção.


Mas o mais interessante são os relatos que temos em registros babilônios. Sim, babilônios. Inclusive, por meio deles, podemos ter inclusive a evidência arqueológica mais consistente da Torre de Babel.


BABEL = ZIGURATTE


Em 440 a.C. Heródoto escreveu:

"A parede exterior da Babilónia é a principal defesa da cidade. Há, contudo, uma segunda parede interior, de menor espessura que a primeira, mas não muito inferior a ela (parede exterior) em força. O centro de cada divisão da cidade era ocupado por uma fortaleza. Numa ficava o palácio dos reis, rodeado por um muro de grande força e tamanho: na outra estava o sagrado recinto de Júpiter (Zeus) Belus, um cerco quadrado de 201 m de cada lado, com portões de latão sólido; que também lá estavam no meu tempo. No meio do recinto estava uma torre de mampostería sólida, de 201 m em comprimento e largura, sobre a qual estava erguida uma segunda torre, e nessa uma terceira, e assim até oito. A ascensão até ao topo está do lado de fora, por um caminho que rodeia todas as torres. Quando se está a meio do caminho, há um lugar para descansar e assentos, onde as pessoas se podem sentar por algum tempo no seu caminho até ao topo. Na torre do topo há um templo espaçoso, e dentro do templo está um sofá de tamanho invulgar, ricamente adornado, com uma mesa dourada ao seu lado. Não há estátua de espécie alguma nesse sítio, nem é a câmara ocupada de noite por alguém a não ser por uma mulher nativa, que, como os Caldeus, os sacerdotes deste deus, afirmam, é escolhida para si próprio pela divindade, de todas as mulheres da terra."

Acredita-se que esta Torre de Júpiter Belus se refere ao deus acadiano Bel, cujo nome foi helenizado por Heródoto para Zeus Belus. É provável que corresponda ao gigantesco zigurate a Marduk (Etemenanki), um antigo zigurate que foi abandonado, caindo em ruínas devido a abalos sísmicos, e relâmpagos a danificar o barro. Este enorme zigurate, e a sua queda, são vistos por muitos académicos como sendo uma evidência da história da Torre de Babel. Mais provas disso ainda podem ser recolhidas daquilo que o Rei Nabucodonosor (o mesmo imperador do Livro de Daniel) inscreveu nas ruínas do seu zigurate. Ele, procurando restaurar o zigurate, escreveu sobre o seu estado arruinado, isso há 570 a.C. Confira:

"Um antigo rei construiu o Templo das Sete Luzes da Terra, mas ele não completou a sua cabeça. Desde um tempo remoto, as pessoas tinham-no abandonado, sem a ordem a expressar as suas palavras. Desde aquele tempo terramotos e relâmpagos tinham dispersado o seu barro secado pelo sol; os tijolos da cobertura tinham-se rachado, e a terra do interior tinha sido dispersada em montes. Merodach, o grande senhor, excitou a minha mente para reparar este edifício. Eu não mudei o local, nem retirei eu a pedra da fundação como tinha sido feito em tempos anteriores. Por nisso eu fundei-a, eu fi-la; como tinha sido em dias antigos, assim eu exaltei o topo."

Em outras palavras, entende-se então que Nabucodonosor reconstruiu, ainda que parcialmente, o Zigurate ou Torre de Babel.

Mas como podemos saber que a torre foi destruída, se a Bíblia não o menciona. Na verdade, os relatos no Livro dos Jubileus, em Cornelius Alexandre (frag. 10), Abydenus (frags. 5 and 6), Flávio Josefo (Antiguidades Judaicas 1.4.3), e os Oráculos Sibilinos (iii. 117-129) atestam a tradição de que Deus derrubou a torre com um grande vento.


OUTROS POVOS FALANDO DE BABEL


Quando mencionamos inicialmente que vários povos possuem um registro da história da Torre de Babel, na verdade, não estávamos exagerando: realmente outros povos, além dos hebreus, muçulmanos e babilônios, possuem registros bastante parecidos com o relato de Gênesis sobre a Torre de Babel e a confusão das línguas.

Várias tradições similares à da Torre de Babel são encontradas na América Central. Uma diz que Xelhua, um dos sete gigantes salvos do dilúvio, construiu a Grande Pirâmide de Cholula para desafiar o Céu. Os deuses destruíram-no com fogo e confundiram a linguagem dos construtores. O Dominicano Diego Duran (1537-1588) disse ter ouvido este relato de um sacerdote com 100 anos em Cholula, pouco depois da conquista do México.

Outra lenda, atribuída pelo historiador nativo Don Ferdinand d'Alva Ixtilxochitl (c. 1565-1648) aos antigos Toltecas, diz que depois dos homens se terem multiplicado após um grande dilúvio, eles erigiram um alto zacuali ou torre, para se preservarem no caso de um segundo dilúvio. Contudo, as suas línguas foram confundidas e eles foram para diferentes partes da terra.

Outra lenda ainda, atribuída aos Índios Tohono O'odham ou Papago, afirma que Montezuma escapou a uma grande inundação, depois tornou-se mau e tentou construir uma casa que chegasse ao céu, mas o Grande Espírito destruiu-a com relâmpagos.

Rastos de uma história um pouco parecida também têm sido citados entre os Tarus do Nepal e do Norte da Índia (Relatório do Census de Bengal, 1872, p. 160); e de acordo com David Livingstone, os Africanos que ele conhecera e que viviam junto ao Lago Ngami em 1879 tinham uma tradição assim, mas com as cabeças dos construtores a serem "partidas pela queda do scaffolding" (Missionary Travels, cap. 26)

O mito Estónio " do Cozinhado das Línguas " (Kohl, Reisen in die 'Ostseeprovinzen, ii. 251-255) também tem sido comparado, assim como a lenda Australiana da origem da diversidade das falas (Gerstacker, Reisen, vol. iv. pp. 381 seq.).

Seria coincidência vários povos preservarem histórias tão parecidas?

QUAL SERIA O TAMANHO DA TORRE?

A Torre histórica reerguida por Nabucodonosor a cerca de 560 a.C. na forma de um zigurate de oito níveis é vista pelos historiadores como tendo cerca de 2089 metros de altura e 100 de largura.

A narrativa no livro do Gênesis não menciona a altura da torre, e por isso não tem sido um grande tema de debate entre Cristãos. Há, porém, pelo menos duas fontes extra-canonicais que mencionam a altura da torre.

O Livro dos Jubileus menciona a altura da torre como sendo de 5433 cúbitos e 2 palmos (2484 metros de altura). Isto seria aproximadamente quatro vezes mais alto do que as estruturas mais altas do mundo de hoje e em toda a história humana. Tal afirmação seria considerada mítica para a maioria dos estudiosos, visto que construtores em tais tempos antigos seriam considerados incapazes de construir uma estrutura de quase 2,5 quilómetros de altura.

A outra fonte extra-canonical é encontrada no Terceiro Apocalipse de Baruch; menciona que a 'torre da discórdia' alcançava uma altura de 463 cúbitos (212 metros de altura). Isto seria mais alto do que qualquer outra estrutura construída no mundo antigo, como a Pirâmide de Quéops em Gizé, Egito e mais alta do que qualquer estrutura construída na história humana até à construção da Torre Eiffel em 1889. Uma torre de tal altura no mundo antigo teria sido tão incrível ao ponto de merecer a sua reputação e menção na Bíblia e outros textos históricos (tal como realmente ocorre...)


O CONTEXTO DA HISTÓRIA

Acredita-se que a dispersão do povo em diversos idiomas, por Deus, tornou necessário por que o propósito do Criador era que a humanidade se espalhasse por toda a terra, essa idéia de construir tal torre tinha o objetivo de manter todas as pessoas num só lugar. Ou seja, o povo estava indo contra uma ordem de Deus

Porém, existem várias idéias adicionais sobre a motivação que levou a construção da torre de Babel. Há a idéia de que a finalidade era construir uma torre muito alta, e postar acima dela um objeto de idolatria. Sendo assim, todos que olhariam para os céus, mesmo a distância, avistariam a idolatria. E assim, as pessoas acabariam assimilando a idéia de que era a idolatria que controlava o que acontecia lá em baixo. Esta era uma guerra contra o verdadeiro Deus.

Outra opinião é de que os construtores queriam se prevenir no caso de mais um dilúvio, similar ao de Noé, acontecer. O medo de outro dilúvio, então, fez com que construíssem uma alta torre que pudesse chegar até os céus, e "sustentá-lo", como colunas no céu, para que o dilúvio não ocorresse novamente.

Independente de qual tenha sido o verdadeiro motivo, observamos através deste fato que estas pessoas certamente não acreditavam na palavra de Deus, que havia prometido, logo após o dilúvio, que nunca mais o faria novamente. Deus até colocou um arco-íris como sinal de que tal catástrofe jamais ocorreria.

Como castigo da construção da torre, Deus fez com que cada pessoa entendesse e falasse outra língua formando e dispersando-as em várias nações. Sendo assim, quando um pedia um tijolo, o outro lhe dava barro, e assim por diante, até que o desentendimento geral fez com que todos se separassem.

Vemos que Deus dá o castigo de acordo com o erro: estas pessoas se uniram com a finalidade de fazer o mal, então receberam o castigo de não poderem mais suportar permanecerem unidos. Podemos entender que independente do que o homem queria, somente a vontade de Deus é que prevalece.


CONCLUSÃO

Após toda essa análise, a conclusão que chegamos é de que:

- Todas as línguas vieram de uma língua-mãe - Várias culturas preservaram o relato da Torre de Babel - Provavelmente parte dela foi "reerguida" por Nabucodonosor

Parece que, mais uma vez, uma história bíblica julgada por muitos como ilusória ganhou um bom valor histórico. E em se tratando da Torre de Babel, podemos dizer que trata-se de um marco na história da humanidade: a origem dos vários idiomas, além de, é claro, seu contexto espiritual, de que a Vontade de Deus é Soberana.Link

FONTE:

http://super.abril.com.br/superarquivo/1990/conteudo_112118.shtml

http://pt.wikipedia.org/wiki/Torre_de_Babel

http://www.chabad.org.br/interativo/faq/torreDeBabel

http://www.infoescola.com/civilizacao-da-babilonia/torre-de-babel/

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Os Micos de Mica

O livro de Juízes conta a saga de vários heróis. Líderes como Gideão, Sansão e Débora. Mas os capítulos 17 e 18 contam uma história nada inspiradora. Seus personagens: um filho que rouba da própria mãe; uma mãe idólatra e leniente e um sacerdote fajuto e mercenário. Personagens que são antítese daqueles que Deus levantava como juízes para livrar Israel. Mesmo assim, há muito que aprender (a não fazer) com eles. Suas histórias mostram como nos prevenirmos de alguns perigos bastante comuns.

Mica roubava da própria mãe. Um dia ele a ouve rogando pragas sobre o ladrão que lhe havia surrupiado treze quilos de prata (1.100 siclos na medida da época). Mica, o filho-ladrãoamaldiçoado, fica com medo e confessa à mãe que a prata estava com ele (Jz 17:1).

1º. PERIGO: Tentar recompensar a Deus por uma benção recebida - A mãe o perdoa de imediato. Agradece à Deus e até abençoa o filho ladrão arrependido: “Bendito do Senhor seja meu filho” (v.2). Mica, então, devolve para a mãe, mas esta não aceita e resolve consagrar toda aquela prata à Deus. Só que escolhe um jeito estranho de fazer isso: “Dedico solenemente esse dinheiro ao Senhor, para fazer uma imagem esculpida...” (v.3). Sua alegria foi genuína, mas as conseqüências, desastrosas. Ela devolve todo o dinheiro a Mica, incumbindo-o de fazer uma imagem. Depois arrepende-se, pega a prata de volta e separa apenas 200 das 1.100 moedas de prata e dá a um ourives que faz uma imagem (v.4). Às vezes, na alegria de uma vitória recente, caímos no erro de tentar recompensar a Deus. Consagramos o carro, a casa, o primeiro salário de um emprego que almejávamos. Depois da precipitação, queremos desconsagrar tudo ou uma parte. Pedimos perdão e esperamos que Deus entenda que agimos na empolgação. Essa seqüência: benção – alegria – empolgação – precipitação – arrependimento é bastante comum: Herodes e Herodias, Uzá e a Arca da Aliança, Jefté e seu voto. Parafraseando o apóstolo Paulo que nos orienta a “irar e não pecar”, eu diria: “Alegrai-vos e não pequeis”.

2º. PERIGO: Acumular aquilo que era para compartilhar – A mãe de Mica recebera a benção de ver restituída uma grande quantia em dinheiro. E o que ela faz como forma de gratidão? Transforma o dinheiro em um ídolo. Detalhe: Mica era um colecionador deles. Tinha tantos que até havia feito um pequeno santuário-depósito (v.5). Dinheiro pode ser benção. Mas a prosperidade bíblica é a prosperidade da partilha, não do acúmulo. Quando o dinheiro vira ídolo, a conta bancária, o bolso e o cofrinho se transformam em templos de Mica.

3º. PERIGO: Inventar fórmulas que “assegurem” as bênçãos de Deus – As pessoas não se contentam com o invisível, intangível e imensurável. Confiar em Deus apenas parece ser arriscado demais. É preciso se garantir. Para uma mente religiosa calcada em ritos e fórmulas se uma fórmula funciona é preciso então se construir algo que perpetue a vitória. É o que Mica faz. Não satisfeito com uma capelinha particular ele resolve fazer um manto sacerdotal e “consagrar” o próprio filho como sacerdote particular (v.5). Assim é que, por vezes, tentamos prolongar a data de validade da benção de uma forma artificial. Tentamos repetir a fórmula ou o rito que deu certo uma vez, a exemplo dos sete filhos de Ceva que tentaram expulsar demônios à moda de Paulo, embora sem a fé de Paulo.

4º. PERIGO: Depositar a confiança naquilo que consideramos ser o canal da benção - Geralmente, ao invés de confiarmos na fonte da benção que é Deus, depositamos nossa segurança nos meios: a profeta, o pastor, a campanha, a Bíblia aberta, a unção, o sacrifício, o dízimo e toda sorte de mandingas evangélicas. Ocorre que, no caso de Mica, pouco tempo depois aparece um levita peregrinando por lá. E o levita descobre Mica e sua “igrejinha”. Mica pensou: “Perfeito!” E propôs um salário, casa, comida e roupa lavada para o jovem levita se tornar seu sacerdote particular (v.10). O filho de Mica, então ocupante do posto, tomou um pé atrás e perdeu a vaga assim como os músicos de nossas igrejas quando chega alguém com mais cacife. Mica passou de um ídolozinho para uma coleção, de uma coleção para um santuário e daí para um santuário com sacerdote; e então de um sacerdote “paraguaio” para um sacerdote-levita. Se nossa confiança, nossa fé e segurança estão depositadas nos meios e não no autor das bênçãos, nós sempre acabaremos por trocá-los por outros que se apresentem mais poderosos e confiáveis. Essa é a infidelidade anunciada do idólatra. Mica não sabia, mas o levita “não era assim uma Brastemp”. Levitas formavam uma classe de auxiliares do templo e dos sacerdotes. Necessariamente deviam pertencer a tribo de Levi. Não era o caso deste, que era da tribo de Judá (v.7). Mica acabou trocando seis por meia-dúzia. Seu filho, pelo menos, era um falsário assumido. Enquanto o levita peregrino era um picareta disfarçado. Resultado: tempos depois um grupo de soldados danitas passa por ali e encontra o levita de Mica e faz-lhe uma proposta irrecusável: “Que te parece melhor? Servir como sacerdote uma tribo inteira de Israel ou apenas a família de um só homem?” (v.19). O levita fajuto não pensou duas vezes... Juntou suas coisas e partiu para a tribo de Dã. Já Mica, ficou sem ídolos, sem manto e sem sacerdote. Dá até pra imaginar o filho/ex-sacerdote olhando para o pai e dizendo ou pensando: Bem feito!



Retirado de http://www.gostodeler.com.br/materia/6818/os_micos_de_mica.html

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

A Questão da Genealogia de Gênesis

O Novo Testamento começa com o livro da genealogia de Jesus Cristo (Mateus 1:1), que é o segundo Adão (I Coríntios 15:45). A expressão do livro provavelmente indica a fonte da informação escrita obtida por Moisés. Temos no capítulo 5 do livro de Gênesis, então, uma seqüência da descendência de Adão em linha reta até Noé, dando-nos detalhes de nomes e idades, e apenas acrescentando comentários sobre Adão, Enoque e Lameque. Somando as idades, temos de Adão até o ano do dilúvio, 1.656 anos. E com base nisso, desde que Adão surgiu teria se passado apenas 6 mil anos... E isso tem algum problema? Na verdade, o problema é que, embora o registro fóssil indique gerações de humanos tal qual descreve o Gênesis, o período que é datado de Adão (possivelmente Homo heidelbergensis) até Noé (que já era, obviamente, Homo sapiens) é de cerca de 190 mil anos aproximadamente, o que é muito maior do que a soma das idades da geração de Adão até Noé registrados na Bíblia.

O que dizer mediante essa contradição dos fatos? Podemos tirar qual real proveito de Gênesis capítulo 5?Essa realmente é uma questão bem delicada, tão delicada que muitas vezes se diz "jamais saberemos a resposta". No entanto, após uma atenta análise do assunto nós poderemos chegar á uma resposta mais sólida...

"NÃO SÃO TÃO EMPOLGANTES..."

Temos que admitir: as genealogias nunca foram as partes mais lidas da Bíblia. Por exemplo, Ray Stedman conta a história de um velho ministro escocês que estava lendo o primeiro capítulo do Evangelho de Mateus. Ele começou a ler: “Abraão gerou a Isaque, e Isaque gerou a Jacó, e Jacó gerou a Judá”; olhou à frente e viu a lista a seguir e disse: “e eles continuaram gerando um ao outro página abaixo, até a metade da próxima página”...Brincadeiras á parte, pra sermos honestos, isso é o que a maioria de nós faz com as genealogias da Bíblia - nós as pulamos.

Leupold, em um dos clássicos comentários do livro de Gênesis dá esta palavra de aviso aos pregadores: “Nem todo homem se arriscaria a usar este capítulo como texto numa pregação.”Nem todos mesmo. Há um versículo das Escrituras, inclusive, que não nos deixará passar por Gênesis 5 sem um sério estudo desta genealogia: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a educação na justiça.” (II Tm. 3:16). Ou seja, não é sem importância que aquele registro está ali. Mas afinal de contas, serviriam elas para datar a história da Terra?

OMISSÕES NO REGISTRO

O quinto capítulo de Gênesis é apenas uma das muitas genealogias contidas nas Escrituras. Aprender a realidade deste capítulo nos encorajará e instruirá em como abordar as outras inúmeras genealogias da Bíblia.Em primeiro lugar, temos que compreender que as genealogias de Gênesis 5 e 11 não são, de forma alguma, as únicas dos tempos antigos. Os egípcios tinham registros de seus reis, assim como os sumérios.

Os hititas tinham catálogos de oferendas reais, sem dúvida nenhuma de valor histórico e cronológico. Estas antigas genealogias do Oriente Médio são muito instrutivas para determinar a correta interpretação dos registros bíblicos.Mas o que muitos não atentam é que as genealogias não tinham a intenção de ser usadas como cronologia.

Como já foi mencionado, os Criacionistas da Terra Jovem leem Gênesis 5 e pensam que só precisam somar os números ali contidos para estabelecer a idade da civilização na terra. Ussher, por exemplo, chegou à data de 4.004 a.C para os acontecimentos de Gênesis 1, ou seja, a Criação. Com isso, teríamos um tempo absurdamente curto para a Pré-História e Adão tendo convivido com todos os seus descendentes, á excessão de Noé.A nomeação individual não implica, necessariamente, que uma seqüência contínua deva ser presumida. Com freqüência, nomes foram omitidos e os registros genealógicos foram seletivos. Ou seja, temos um cálculo errado da historia da civilização se usarmos a base de cálculos apresentada pelos Criacionistas da Terra Jovem, uma vez que os cálculos seriam com base em pontos específicos da genealogia e não nela como um todo. Como assim?

Acontece que a expressão “A gerou B” nem sempre implica em parentesco direto. E temos exemplos disso em outras genealogias contidas na Bíblia. Por exemplo, Mateus 1:8 afirma que “Jorão gerou Uzias”, mas, no Velho Testamento (II Re. 8:25; 11:2; 14:1,21) aprendemos que Jorão foi o pai de Acazias, que foi pai de Joás, pai de Amazias, pai de Uzias. Assim, “gerou” pode significar “gerou uma linhagem que culminou em”.

E isso não é algo anormal em uma genealogia; na verdade nunca foi. De acordo com Kitchen, a lista do Rei Abydos no Egito, por exemplo, silenciosamente omite três grupos inteiros de reis (Nona para Undécima, Décima Terceira para Décima Sétima Dinastias e os faraós Amarna) em três pontos distintos, no que seria, de outra forma, uma série contínua; e outras fontes nos capacitam a saber isto. Sendo assim, termos como "filho" e "pai" podem significar não só "filho (neto)" e "pai (avô)", mas também "descendente" ou "ancestral", respectivamente.

A disposição das genealogias, num padrão claro e organizado, também pode sugerir algumas outras coisas, menos um indicador cronológico. A genealogia de Cristo em Mateus, por exemplo (Mt. 1:1-17), está disposta em três séries de 14 gerações cada. E esta genealogia é conhecida como seletiva.Geralmente os números nas genealogias no Antigo Oriente Médio eram de importância secundária.

O propósito primário era estabelecer a identidade familiar de alguém, suas raízes. É pra isso que a genealogia está na Bíblia. Mas em parte alguma de Gênesis 5, ou da Bíblia, os números foram acrescentados para estabelecer qualquer tipo de cronologia. Às vezes, os números de um relato diferem dos de outro. Ainda que haja muitas explicações para isto, uma delas é que estes números foram dados apenas aproximadamente. Números exatos não servem ao propósito da genealogia. Ainda que não ousemos dizer que os números não sejam literais, simplesmente mostramos a maneira como tais números foram usados no antigo Oriente. Por exemplo, a afirmação de Gn. 15:13 a respeito da duração da estadia no Egito, ou de I Re. 6:1 cobrindo o lapso de tempo entre o Êxodo e a construção do templo de Salomão. Não tem como sabermos o porquê da omissão, e isso, claramente, indica que não se tratam de dados cronológicos precisos.


Especialmente na sociedade pré-monárquica, longos registros cronológicos são altamente improváveis por causa da sua falta de importância. Antes, pode-se esperar que as aproximações sejam feitas de várias maneiras, e o uso de números redondos, particularmente, sugere algum grau de aproximação. É o significado destes números para os escritores bíblicos que devemos compreender antes de tentar construir uma cronologia absoluta sobre eles.

E JUDAS 14?

Porém, sabendo agora que a cronologia bíblica pode não ter um sentido cronológico exato, o que então podemos dizer a respeito de Judas versículo 14?Lá diz o seguinte:

"E destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos; "(Grifo nosso)

Superficialmente esse versículo parece indicar que a genealogia de Gênesis pode indicar que a humanidade tem só 6 mil anos de existência. Porém, a verdade não é bem assim.
É certo que esse versículo claramente prova que Enoque foi uma pessoa real e revela detalhes interessantes do tempo de Enoque e de seu caráter (muitos creem que essa é uma referencia ao livro de Enoque, que ao meu ver, pode ter alguns pontos reais em seu relato), no entanto, não há menção em Judas 14 a respeito do que se refere no que Enoque era o sétimo depois de Adão, tanto é que existe duas concepções acerca disso: ou Enoque representa a sétima geração após Adão ou Enoque foi o sétimo descendente direto de Adão. Alguns julgam ainda que Enoque ainda teria sido apenas o sétimo grande patriarca depois de Adão. Enfim, o sentido desse trecho de Judas 14 é ambíguo.

Em todo caso, se Judas 14 se referir a Enoque como sendo realmente o sétimo descendente de Adão, isso apenas indicaria que, de Adão a Enoque, o sentido cronológico foi exato, e que a omissão na genealogia estaria entre Matusalém e Noé. Em outras palavras, judas 14 não serve como indicador preciso de que a humanidade tem apenas 6 mil anos. Nem o livro de Gênesis. Essa não é a intenção de ambos.
DUAS GERAÇÕES

Ora, se não podemos usar cronologicamente a genealogia de Gênesis capítulo 5, existe alguma lição que podemos tirar desse registro? Na verdade, sim. E a resposta está no paralelo que apresenta a genealogia de Caim, no capítulo 4, e a genealogia de Sete, no capítulo 5. Como assim?Se analisarmos o texto, veremos a ênfase que é dada na genealogia de Sete, onde há o registro inclusive da idade dos patriarcas (que indica uma incrível longevidade, o que talvez seria uma "sequela" da vida eterna que teria Adão antes de comer o fruto),e até algumas referências alegando que muitos eram fiéis a Deus (lemos lá a citação de que Enoque foi transladado porque andava com Deus).

A genealogia de Caim é citada de forma muito breve, no entanto; as únicas coisas que são realmente destacadas na genealogia do capítulo 4 são as contribuições culturais desta (instrumentos musicais, cidades, cabanas... relativas curiosamente á cultura dos Homens de Neanderthal) e o mal exemplo da geração em questão. Aliás, sobre Lameque e Enoque, é curioso o contraste que temos. Observe:

- O Enoque filho (ou descendente) de Caim deu início á cultura Neanderthalense, que era de humanos corruptos. O Enoque filho de Jarede andou com Deus e foi curiosamente arrebatado.

- O Lameque filho de Metusael deu início á poligamia, era um assassino, tinha orgulho de o ser e fez pouco caso da ordem de Deus para Caim.

- Já o Lameque filho (ou descendente) de Metusalém foi um homem piedoso; o nome de seu filho revela sua compreensão da queda do homem e a maldição de Deus sobre o solo. Também mostrou sua fé em que Deus libertaria o homem da maldição através da descendência de Eva.


Por que esse contraste? Simplesmente porque isso demonstra que, embora toda a geração humana estivesse amaldiçoada com a morte, somente a geração de Sete, a Homo sapiens, sobreviveu. A "geração dos homens piedosos", digamos assim. Enquanto que, a geração que embora tivesse progressos culturais era um verdadeiro contra-exemplo, foi "lavada" pelo dilúvio.

LIÇÃO DE PROVEITO

A pergunta para isso, jogando para os dias de hoje é: Considerando que Jesus compara o dilúvio bíblico com o Fim dos Tempos, você está em qual geração espiritual: a de Sete ou a de Caim?E, falando nisso, é interessante notarmos a similaridade da geração de Caim com a geração do mundo de hoje; é como se o relato da genealogia de Gênesis fosse um reflexo direto do que vemos em Apocalipse, conforme menciona o teólogo e missionário Edson Teixeira. O crescimento incrível da tecnologia, a exclusão de Deus da vida dos descendentes de Caim (que é constatada pelo significado do próprio nome do primeiro filho de Caim, Metusael, que no hebraico significa "Deus foi banido") , a começar pelo próprio Caim, é surpreendentemente semelhante ao que acontece hoje á civilização moderna. E da mesma forma como diz o Apocalipse sobre o que vai acontecer com a civilização secular de hoje, a geração de Caim foi exterminada por um evento cataclísmico enviado por Deus é Terra (o dilúvio). Sendo assim, cabe a nós analisarmos: em que geração hoje nós podemos nos enquadrar? Na geração salva de Sete, ou na geração perdida de Caim?

CONCLUSÃO

Levando em conta que não chegaremos a dados precisos estabelecendo uma data para o começo da civilização com base na genealogia contida em Gênesis, é certo que não há contradição entre a Bíblia e os métodos científicos de datação, que indicam o aparecimento da raça humana há 200 mil anos a.C.Tendo essa nova visão de genalogia, acabamos também por "ganhar" um registro arqueológico completo das gerações de Caim e de Sete, mencionadas no capítulo 5. Isso porque, segundo os mais recentes estudos, a nossa espécie atual surgiu de uma espécie ancestral em paralelo com outra espécie humana - a Neanderthal - que foi extinta inexplicavelmente, mesmo com toda a cultura que possuía (Mais detalhes sobre o assunto você encontra aqui).Consideremos, então, cuidadosamente as palavras do grande estudioso, Dr. B. B. Warfield, quando escreve:

"Estas genealogias devem ser consideradas confiáveis ao propósito para o qual foram registradas; mas não podem ser aplicadas com segurança ao uso de outros propósitos para os quais não foram intencionadas, e para os quais não são adequadas. Particularmente, fica claro que o propósito pelo qual as genealogias foram dadas, não requer um registro completo de todas as gerações, através das quais os descendentes das pessoas a quem foram destinadas, se dirige; mas apenas uma indicação adequada da linhagem particular através da qual vem o descendente em qu
estão. De acordo com o que se depreende de um exame mais acurado, essas genealogias das Escrituras são aplicadas livremente para toda sorte de propósitos e, raramente pode-se afirmar, com segurança, que elas contém um registro completo de todas as séries de gerações, uma vez que é óbvio que, muitas vezes, um grande número delas é omitido. Não há razão inerente à natureza das genealogias das Escrituras pela qual uma genealogia de dez seqüências registradas, tais como as de Gênesis 5 e 11, não possam representar um descendente real de uma centena ou milhar ou dez milhares de seqüências. O ponto a ser estabelecido não é que estas sejam todas seqüências que ocorreram entre início e o fim dos nomes, mas que isto é uma linha de ascendência através da qual alguém encontra o antecedente ou descendente de outrem."

FONTE:
http://bible.org/seriespage/enfrentando-genealogias-g%C3%AAnesis-51-32


http://www.bible-facts.info/comentarios/vt/genesis/AGenealogiadeAdao.htm

http://www.atosdois.com.br/print2.php?codigo=386

Estudando a origem do homem (parte 2)

Na primeira parte do estudo, nós vimos o que realmente a Bíblia ensina a respeito da criação do homem; vimos também que tudo é uma questão de interpretação do relato de Gênesis.

Resta, então, voltarmos a nossa atenção para a paleontologia. Será que a interpretação original do texto, oriunda do hebraico, tem evidências sólidas? Será que alegar que existiu uma geração de hominídeos á imagem e semelhança de Deus por um sopro do Criador é simplesmente uma especulação?

A ESPÉCIE DE ADÃO E EVA (retirado desse artigo)


A maioria das pessoas imaginam que Adão e Eva foram os primeiros seres da espécie Homo sapiens, nossa espécie atual. Porém, cientificamente, tal afirmação é inviavel. Por quê? Porque antes do Homo sapiens aparecer na Terra o Homo neanderthalensis já estava aqui, e ao contrário do pensamento popular, o Homem de Nanderthal tinha uma cultura avançada e era tão inteligente como a nossa espécie. Isso prova que Adão e Eva não existiram? Não exatamente... Acontece que as contra-evidências surgem só se classificarmos Adão e Eva como Homo sapiens. Logicamente, se Adão e Eva existiram eles devem ter sido de outra espécie de hominideo.

Homo neanderthalensis? Não tem como. Embora os Neanderthais não fossem brutamontes, eles não deram origem á nossa espécie, ela é paralela á nossa. A geração de Neanderthais desapareceu subitamente no final do Pleistoceno, sem deixar nenhum descendente vivo hoje. Ora, se a história bíblica diz que Adão e Eva deram origem á toda a humanidade, é certo de que eles não foram Neanderthais.


Com isso, é quase certo que Adão e Eva foram de uma espécie anterior à Sapiens e à Neanderthal. Porém, as espécies mais antigas de Hominídeos, como o Homo erectus ou o Australopithecus sp., não tinham cérebro desenvolvido, ao contrário do que seriam Adão e Eva, que tinham consciência plena de seus atos e até sabiam se comunicar.

E agora???

CALMA! Existe ainda uma espécie de hominídeo que não foi colocada em questão: a que gerou as espécies Nanderthalensis e Sapiens. A origem dessas duas espécies ainda é assunto de discussão, porém a maioria dos especialistas aceitam a espécie Homo heidelbergensis como a originária das duas espécies atuais de hominídeos. Resta agora, somente, analisarmos as características apresentadas na Bíblia dos primeiros humanos e confrontar com o que se sabe sobre o Homo heidelbergensis.


Como se sabe e ja foi citado anteriormente, Adão e Eva, segundo a Bíblia, já tinham a estrutura basica do ser humano, e ainda tinham cérebro igual ao nosso, pois é evidenciado em Gênesis que Adão e Eva tinham consciência dos seus atos, raciocínio e eram capazes de falar naturalmente. Coincidentemente ou não, o Homem de Heidelberg tinha o Q.I similar ao nosso, não andava encurvado ao contrário do que estamos acostumados a ver no desenhos da evolução "do macaco ao homem" nas aulas de história, e ainda tinha capacidade de se comunicar por meio da fala. Como se isso não bastasse, há indícios de que essa espécie fazia desenhos artísticos, ou seja, possuia cultura. Isso quer dizer que este hominídeo atende as características físicas dos personagens bíblicos Adão e Eva.


Porém só isto não basta. Como já dissemos, acredita-se que por meio do Sopro Divino o homem passou a ter uma alma humana e passou a ser á imagem e semelhança de Deus. Logicamente, então, a espécie Homo heidelbergensis deveria ser a primeira espécie totalmente humana e deveria crer em algo sobrenatural... Uma evidência como essa seria crucial, e ela existe. Aliás, é exatamente isso o que temos no registro fóssil. A espécie do qual o Homo heidelbergensis divergiu, a Homo erectus, tinha uma massa cefálica menor e tinha o apecto popular do "homem da caverna", e também existem provas de que o Homo heidelbergensis fazia rituais relacionados á morte - exatamente o que se esperaria dos primeiros humanos bíblicos.


Mais detalhes que aproximan o Homo heidelbergensis de Adão e Eva: Segundo a Biblia, Adão e Eva foram expulsos do Éden (que provavelmente era no Iraque) e migraram daquela região; seus descendentes rapidamente se espalharam pelo Oriente Médio. Realmente, não existem fósseis do Homo heidelbergensis no Iraque, porém seus fosseis ja foram encontrados em regiões distintas, onde um grupo se estabeleceu na África e outro na Ásia, dando origem, respectivamente, ao Homo sapiens e ao Homo neanderthalensis (tendo o Nanderthalensis surgido primeiro).


Outro assunto interessante é no que se refere á vestimenta do 1º casal após serem expulsos do Éden. A Bíblia diz claramente que Deus fez vestmentas de pele de animais para Adão e Eva assim que foram expulsos do jardim do Eden, portanto, isso indicaria que os primeiros humanos se vestiam com pele feita de animais, o que está perfeitamente de acordo com os registros arqueológicos. E as "coincidências" ainda não acabaram: existe uma característica dos Homo heidelbergensis que tem uma certa ligação com a história de Caim e Abel, os dois primeiros filhos de Adão e Eva. Segundo evidências, os Homo heidelbergensis tinham espirito de equipe, porém, ele não enterrava seus mortos, embora segundo indícios acreditasse em vida após a morte, conforme ja foi comentado. Foi exatamente isso que Caim fez com o corpo de Abel após matá-lo: deixou o corpo lá, fugiu sem enterrar o corpo.


E não é só isso: além de ferramentas, as pedras utilizadas pelos Homo heidelbergensis serviram também para construir armas, para caçar, por exemplo. Contudo, é muita coincidência o Homo heidelbergensis usar lanças de pedra como arma e Caim ter matado Abel com uma pedra...

Com tudo isso, nós sabemos que Adão e Eva provavelmente pertenceram a espécie Homo heidelbergensis, que acabou por gerar a Sapiens e a Neanderthalensis.


POR QUE DE UMA COSTELA?


A respeito de Eva, a Bíblia menciona que ela foi criada da costela de Adão. Bom, os próprios judeus e erúditos modernos admitem que a Bíblia realmente afirma isso, ou seja, ou isso é tido como alegoria ou como fato. O problema de alegorizarmos essa passagem, porém, é que teríamos que alegorizar em consequência todo o relato da Criação contido em Gênesis... e ignorar todas as "centenas de coincidências" que acabamos de ver que colocam esse relato como histórico. A única saída é admitir que Deus fez Eva miraculosamente para Adão, a partir de sua costela (Isso cheira a células-tronco, não?)

Mas enfim, afirmar a historicidade da formação de Eva segundo a Bíblia pode gerar uma pergunta pertinente: Por que Deus faria Eva da costela de Adão? Não seria mais fácil dar o sopro divino a uma fêmea de hominíde?

A Bíblia e a simples lógica respondem e muito bem essa pergunta.

Segundo consta na Bíblia, em Gênesis 2, a partir do versículo 19, Adão deu nome a todos os animais que Deus colocou diante dele (pode-se dizer que isso teria sido um "teste de memória" da parte de Deus, pois em Gênesis 2,19 é dito que Deus queria ver como Adão nomearia sua Criação, mas isso não vem ao caso...), no entanto Adão se sentia só, pois não havia parceira compatível á ele. Ou seja, Adão teria sido o único com o espírito de vida dado por Deus, dentre todos os seres vivos. Sendo assim, não haveria motivo biológico para Deus criar uma esposa para Adão, visto que ele era imortal e não precisava procriar para perpetuar sua espécie; ele era a espécie perpétua, imortal. Ele jamais estaria sobre a pressão da Seleção Natural, por exemplo. Talvez seria esse o motivo de Deus não ter criado a esposa para a Adão da mesma maneira que criou para os animais.

Porém ele, ao ser o único do seu tipo, estava se sentindo só. Era o único ser vivo que tinha, inclusive, consciência disso. Por isso, em Gênesis 2,18, vemos que Deus já sabia do sentimento de solidão que estava tomando Adão; por isso Ele disse que lhe faria uma adjutora, não com a necessidade vital de ter uma prole, mas sim por uma questão de sentimento e espiritual. Aí, então, Deus fez Eva de uma parte dele, ressaltando ainda mais isso.

A mensagem que Deus nos passa a respeito de Eva é, além de tudo, muito profunda, pois mostra que Deus instituiu a primeira família humana por razões de sentimento, de afeto. Mostra também a importância do casamento, sendo bastante reafirmada pelo próprio Jesus e pelo apóstolo Paulo em suas cartas. Ademais, isso fica muito reforçado nos versículos 23 e 24 de Gênesis 2:

"E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada.
Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne."

CONCLUSÃO

Para a execução do plano integral de Deus, era necessária a existência de um corpo mortal (não espiritual!) e organicamente perecível, porém evoluído o suficiente, para que o espírito eterno prove niente de Deus pudesse habitar nele.
Voltando ás escrituras...

Quanto tempo levou esta formação do pó até o homem, citada na Bíblia?
Não podemos nivelar as medidas de tempo terreno e humano, com o tempo espiritual da eternidade. Não estaria escrito em algum lugar, que para Deus um dia é como mil anos, e mil anos é como um dia? A formação, do pó ao homem, deu-se em 1 dia, 1 tempo, 1 era...?

Somente depois de uma evolução total da condição animal, orgânica e perecível, é que nos tornamos superiores aos outros animais, nos tornamos humanos biológicamente prontos, e estruturalmente perfeitos, para que Deus unisse o reino espiritual ao terreno, soprando a vida espiritual em nossas narinas, nos permitindo a consciência e a Vida em Deus, e dando início a Seu plano eterno de redenção pura e estritamente espiritual.


FONTES:

http://genesisum.blogspot.com/2009/02/origem-do-homem.html

http://www.militarcristao.com.br/estudos.php?acao=texto&id=136

http://www.laerciodoegito.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=385:origem-do-homem-po-da-terra&catid=39:voh&Itemid=114

http://miradaglobal.com/index.php?option=com_content&view=article&id=758%3Aadan-y-eva-iorigen-o-parabola&catid=52%3Areligion&Itemid=82〈=pt
http://www.morasha.com.br/conteudo/ed38/adao.htm

http://genesisum.blogspot.com/2011/01/genesis-seria-tudo-um-mito-parte-2.html

http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20080902035418AAw8tzy

http://www.miva.org.br/entranaminhacasa/index.php?option=com_content&view=article&id=17:licao-02-o-primeiro-adao-e-o-ultimo-adao-morte-e-ressurreicao&catid=12:pre-encontro&Itemid=6&el_mcal_month=2&el_mcal_year=1991
http://en.wikipedia.org/wiki/Homo_heidelbergensis

http://fotolog.terra.com.br/landeira:88