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domingo, 23 de janeiro de 2011

Por Trás do Criacionismo da Terra Jovem 5: imprecisão na datação?

É constante a alegação criacionista de que os métodos de datação são imprecisos. No entanto, seria isso verdade?
Um artigo retirado do Ceticismo. net, mesmo vindo de um site não-cristão, explica bem a questão (atente para isso: um site não cristão refutando uma afirmação feita por cristãos... ou seja, estariam eles sendo "Sal da Terra" ou "Sal Insípido"?). Confira:

"Os métodos de datação, assim como quaisquer ferramentas, possuem suas aplicações específicas e suas limitações. Uma ferramenta pode ser mal usada, podendo fornecer medições imprecisas se for mal empregada. Se o método é mal utilizado, obviamente a culpa não é do método, e sim da pessoa que o executou inadequadamente.

Por exemplo, o método de datação por carbono 14, ao contrário do que muitos criacionistas pensam, não é usado para datar fósseis. Como sua meia-vida é de 5.730 anos, ele não é o mais apropriado para datar além de cerca de 50.000 anos. É como usar uma régua para medir a distância entre Curitiba e Florianópolis. Ele também só serve para datar estruturas orgânicas, e não rochas e fósseis.

Outro problema freqüentemente citado por criacionistas é o da contaminação. E esse é um problema real, que pode trazer resultados imprecisos. O que os criacionistas não dizem é que os cientistas estão cientes disso, e conhecem formas de descobrir e evitar amostras contaminadas.

Ao examinar o contexto geológico de onde as amostras são retiradas, eles podem experimentar diferentes técnicas em diferentes minerais sujeitos a diferentes condições, para determinar quais técnicas, minerais e condições são válidas e quais não são. Por exemplo, se há suspeita de contaminação de argônio, melhor utilizar o método urânio-chumbo. Agora, se pode ter havido contaminação de chumbo, usa-se o potássio-argônio. Muitos dos casos que os criacionistas alegam ser discordantes e imprecisos são na verdade resultados de experimentos que usaram os métodos de forma errada, por desconhecimento ou por desonestidade mesmo.

O que é importante lembrar é que medições independentes, feitos por métodos radiométricos diferentes e por profissionais diferentes, dão resultados consistentes (Dalrymple 2000; Lindsay 1999; Meert 2000). Tais resultados não podem ser explicados por simples acaso, nem por um mesmo erro em todos eles.

Para finalizar, datações radiométricas são consistentes com outros métodos de datação não-radiométricos, por exemplo:

· As ilhas do arquipélago do Havaí estão se movendo lentamente sobre um bolsão de lava quente subterrâneo, e seu movimento pode ser medido via satélite. Datações radiométricas são consistentes com a ordem e taxa de movimento delas sobre a lava (Rubin 2001).;

· As datações radiométricas são consistentes com os ciclos Milankovitch, que dependem exclusivamente de fatores astronômicos, como a precessão da Terra e a excentricidade orbital (Hilgen et al. 1997);

· As datações radiométricas são consistentes com o método de datação por luminescência (Thompson n.d.; Thorne et al. 1999);

· As datações por carbono 14 são consistentes com objetos orgânicos que tenham datas conhecidas, como tumbas de faraós e troncos de árvores centenárias, ao se contar os anéis de crescimento."É claro que isso não quer dizer que o Gênesis não é factual. A Terra ter milhões de anos não exclui a narrativa de Gênesis de modo algum, como você pode ver aqui.

No entanto, retorno a pergunta: fazendo com que os cientistas ateus pareçam mais "sinceros" em seus argumentos, o Criacionismo da Terra Jovem está sendo "Sal da Terra" ou um mero "Sal Insípido"...

Algo precisa ser revisto...

Um comentário:

  1. gostei.. são fortes argumentos em relação a datações feitas por metodos que muitas vezes são inadequados

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