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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

A extensão do Diúvio de Gênesis (parte 2)

Como podemos concluir, o cenário hipotético de um dilúvio global não é realidade á luz da ciência.

Mas e um dilúvio que não foi global? Existe evidência científica? Ou melhor: seria ele somente regional ou foi muio mais do que isso?



ONDE E COMO FOI?




Os historiadores céticos acreditam que o dilúvio mencionado na Bíblia é uma versão "floreada" de um dilúvio local que ocorreu na Mesopotâmia, onde hoje é o Iraque. Lá hoje existe uma camada de lama de 3 metros que é resultado de enchentes naturais do rio Tigre e Eufrates (esse último fez parte do Jardim do Éden), não contendo fósseis nem de humanos nem de animais. Porém, esse "dilúvio" não se encaixa com a descrição bíblica de modo algum. E mais: existem registros de inundações na cultura de milhares de povos espalhados pelo mundo. Logo, o dilúvio não se limitou só à Mesopotâmia...



Quase todo mundo ja ouviu falar em Era do Gelo. Essa "era" na verdade é conhecida como Época Pleistocena, e de acordo com extratos geológicos, aconteceu 4 glaciações nesse tempo, desde que o Homo heidelbergensis / neanderthalensis / sapiens apareceu. A última glaciação culminou com um fim catastrófico: um degelo. Muitas espécies de animais desapareceram (como os mamutes e macrauquênias e tigres-dente-de-sabre), e o nível do mar subiu muito com o derretimento das geleiras do Pleistoceno. Poderiam ser esses os vestígios do verdadeiro dilúvio bíblico? De acordo com os geólogos, sim. Isso porque essa catástrofe ocorreu numa área que chegava até as américas; só alguns pontos específicos do planeta, ainda inabitados por humanos naquele tempo, é que não foram afetados (exemplo: a ilha de Galápagos e de Madagáscar). Ou seja, o dilúvio não foi local nem global: foi semiglobal. Além disso, permanece como um mistério a extinção dos Neanderthais, e talvez o dilúvio seja a resposta para isso.


A grande fauna pleistocênica, do qual os mamutes faziam parte, provavelmente se extinguiu pelo diluvio e não por processos naturais. Por quê? Porque a fauna do Pleistoceno não era nem um pouco primitiva: a capacidade de algumas dessas criaturas, como o Rinoceronte-lanudo, de se proteger do frio era impressionante. As preguiças atingiam o auge de seu desenvolvimento através dos chamados Megatérios, e a proteção encouraçada dos gliptodontes invejava até a das tartarugas... E esses são só alguns exemplos. Contudo, os fósseis indicam que esses animais morreram em inundações - ou seria só uma única?... O exemplo mais gritante disso é o de um mamute que foi conservado com pele e pêlos. Ele morreu congelado ainda com sua ultima refeição na boca...


Cientificamente, então, é viavel que tenha existido um dilúvio semiglobal, que teve consequências drásticas no planeta. Mas e com relação á Bíblia?




VERDADES OCULTAS




Sabemos que o livro de Gênesis só trata secundariamente a geofísica, a geologia e geografia do Dilúvio. Sua mensagem principal, no entanto, é a de que Deus foi compelido a limpar a Terra da maldade do homem. A mensagem do julgamento de Deus contra o mal excessivo é muito claramente declarada e compreendida em qualquer tradução. Contudo, para compreender os detalhes geológicos relativos ao Dilúvio, é útil, talvez neste caso essencial, ler o texto de Gênesis no hebraico original, e mesmo assim o texto nem sempre é tão específico quanto alguém poderia gostar.



Uma boa regra de interpretação Bíblica é analisar o que é menos específico na luz do que é mais específico. A Bíblia é muito específica sobre a extensão da corrupção do pecado do homem e sobre a resposta de Deus. A corrupção é limitada aos pecadores, a sua descendência por várias gerações, pássaros e mamíferos que fazem parte do seu sustento, os seus bens materiais e a sua terra agrícola. Em nenhuma parte da Bíblia nós vemos Deus aplicando julgamento além desses limites. Conseqüentemente, nós podemos esperar que se o ser humano nunca tivesse visitado a Antártica, Deus não teria atingido aquele território. A extensão do Dilúvio de Gênesis seria limitada à extensão da corrupção do pecado do homem. Esta interpretação é apoiada pela escolha do autor de Gênesis das palavras hebraicas para as criaturas destruídas pelo Dilúvio, isto é, basar e nephesh = ser vivente ou alma vivente.



Em Gênesis 7:4-12 somos informados que o Dilúvio surgiu da troposfera da terra e de lençóis de água subterrâneos (não de algum lugar desconhecido no espaço exterior...). Estes recursos de água são consideráveis, seguramente, mas é pouco pelo que o versículo 19 pede. De acordo com Gênesis 7:19, ” E as águas prevaleceram excessivamente sobre a terra; e todos os altos montes que havia debaixo de todo o céu, foram cobertos.” A tradução parece insinuar que o Monte Everest foi submergido pelas águas do Dilúvio! Mas diz isso mesmo? Não exatamente: acontece que a palavra hebraica para “alto”, contudo, simplesmente significa “elevado” e “monte” significa qualquer coisa de “uma pequena montanha pequena” até “um cume muito alto.” O verbo hebraico para “coberto” permite três alternativas: (1) inundado, (2) choveu em ou (3) arrastar por uma torrente de água.


Em quaisquer destes casos, 15 cúbitos (cerca de 7,5m) de água por inundação, 15 cúbitos de chuva súbita, ou uma torrente de 15 cúbitos de água, não haveria nenhum sobrevivente humano ou animal.

Gênesis 8 nos dá a prova mais significativa para um dílúvio semiglobal que exterminou todos os humanos, mas não global. Os quatro verbos hebraicos diferentes usados em Gênesis 8:1-8 descrevendo o retrocesso das águas do Dilúvio indicam que estas águas voltaram às suas fontes originais. Em outras palavras, as águas do Dilúvio ainda se encontram dentro dos lençóis de água subterrâneos, troposfera e oceanos do planeta Terra. Como o conteúdo total de água da Terra é só 22 % do que seria necessário para um Dilúvio global, aparentemente o Dilúvio de Gênesis não poderia ter sido global.

O argumento que é mais freqüentemente feito contra esta conclusão é que antes da Dilúvio não havia nenhuma montanha alta ou oceanos fundos,ou seja, a terra possuiria sua superfície plana. O relevo atual da superfície da Terra foi gerado por um período de só alguns meses. No entanto, temos vários problemas científicos contra tal uma sugestão:

1. contradiz um corpo vasto de dados geológicos e geofísicos, ao mesmo tempo requerendo tais efeitos cataclísmicos tornariam a sobrevivência de Noé em uma arca altamente improvável;

2. negligencia às dificuldades geofísicas de um planeta com uma superfície lisa;

4. contradiz nossas observações da tectônica. Os mecanismos que dirigem os movimentos das placas tectônicas têm constantes de tempo extremamente longas, tão longas que os efeitos de tal catástrofe seriam facilmente mensuráveis hoje em dia. Considerando que eles não são, conclui-se que o Dilúvio não pode ser global.



Quanto à referência “debaixo de todo o céu”, tal expressão deve ser entendida sempre em seu contexto. O que constituiria “debaixo de todo o céu” para as pessoas do tempo de Noé? A extensão da sua visão da região inteira na qual eles existiram ou operaram... Mas Talvez um versículo do Novo Testamento esclareça esse ponto. Em Romanos 1:8, o Apóstolo Paulo declara que a fé dos cristãos em Roma “estava sendo anunciada no mundo inteiro”. Uma vez que “no mundo inteiro” para os romanos significava o Império Romano inteiro (e não o globo inteiro), nós não interpretaríamos as palavras de Paulo como uma indicação que o Esquimós e os Incas estavam familiarizados naquele momento com as atividades da igreja em Roma.

Favorecendo apoio para um diluvio semiglobal, mas mesmo assim catastrófico, vem a razão do mandamento de Deus a Noé antes do Dilúvio, o mesmo mandamento que Ele havia dado a Adão e depois havia dado às pessoas que construíram a torre de Babel: “Encha a terra.” O fato de Deus repetir este mandamento a Noé (e intervir dramaticamente para dispersar as pessoas do dia de Babel) insinua que as pessoas da geração de Noé não haviam enchido a terra. Esta visão é consistente com os nomes geográficos de lugar registrados nos primeiros nove capítulos de Gênesis.



SITUAÇÃO DIFÍCIL PARA NOÉ




A data do diluvio, por meio desses dados, acaba ficando mais antiga do que a soma das idades dos patriarcas (que colocaria o dilúvio há cerca de 4 mil anos atrás). Ele ficaria então com 10 mil anos a.C. Como explicar essa divergência? Provavelmente isso se deve a questão genealógica; contudo na parte 2 do texto "Gênesis - seria tudo um mito?" tem as respostas para isso.


Tendo um dilúvio ocorrendo nessa data,fica a pergunta: a Arca de Noé não era avançada demais para um tempo das cavernas?


Não exatamente... Uma pesquisa realizada recentemente por arqueólogos em Creta, sul da Grécia, comprovou pela primeira vez que os ancestrais do homem navegaram há mais de 130 mil anos. Ao final de dois anos de escavações em torno da localidade de Plakia, no sul da Ilha de Creta, essa equipe greco-americana descobriu pedras talhadas da idade paleolítica, datando entre 700 mil e 130 mil anos, informou o ministério em comunicado.


Estas descobertas, que atestam pela primeira vez uma instalação de hominídeos na ilha, em plena época Pleistocênica - e justamente no tempo do Homo heidelbergensis (que é o 1º humano completo, o homem em seu estado orginal). Como os cientistas que fizeram a pesquisa alegaram, "As descobertas, junto da muito turística praia de Preveli, modificam também as estimativas sobre a capacidade cognitiva das primeiras espécies humanas, com as ferramentas encontradas, que nos reenviam à população do homo erectus e do homo heidelbergensis". O estudo ainda sugere a possibilidade dos descendentes de Adão e Eva terem migrado para diferentes regiões não a pé, como se acreditava antes, mas sim por meio de antigas embarcações.


Isso tudo comprova simplesmente que, do ponto de vista arqueológico, não existe impecílios para se acreditar que há 10 mil anos alguém, com a ajuda de Deus, tenha construído uma grande embarcação como a arca.


No entanto, a arca era uma construção monstruosa. De acordo com Gênesis, a Arca de Noé era uma grande embarcação em forma de caixa, construída de madeira, provavelmente de cipreste, e impermeabilizada com alcatrão.

Baseado no cálculo do côvado comum como tendo 44,5 cm, as suas dimensões seriam 133,5 m de comprimento, por 22,30 m de largura, 13,40 m de altura. Tinha uma porta lateral. Certamente, o teto deveria tido um ligeiro grau de inclinação para escoar a água da chuva. Esta relação entre comprimento e largura, de 6 para 1, é usada pelos modernos engenheiros navais. Isto daria à arca cerca de 40 mil m³ de volume bruto. Internamente, seus 3 conveses forneceriam uma área total de mais de 8 900 m² de espaço útil.


Uma maravilha da engenharia naval, sem dúvida, e também uma nau viável para um diluvio tão assolador, que atingiu quase o mundo todo. Mas é interessante lembrar que Noé construiu esse monumento, que era uma façanha e um exagero para a época, em terra seca. A mensagem do próprio era a de que Deus castigaria toda a humanidade com uma enchente terrível. A Bíblia dá a entender que Noé era visto como um tolo pelas pessoas daquela época. Observe os motivos:


- Um barco de tamanho exagerado, a maior embarcação já feita até o momento;

- O barco estava em terra firme


- Noé pregava que Deus mandaria um dilúvio e que as pessoas deveriam se arrepender


Os Neanderthais e "Cro-magnons" daquele tempo desprezavam a palavra de Deus, logo não é difícil de entender o motivo de acharem Noé um louco... Porém, quando veio o dilúvio, todos admitiram: Noé estava certo o tempo todo. Segundo a Biblia, só ele e sua família sobreviveram, de modo que todos os humanos de hoje descendem de Noé.




CONCLUSÃO




Sim, o Dilúvio aconteceu mesmo, e teve extensõ semiglobal, ou seja, atingiu quase o mundo inteiro, não sendo afetadas somente as áreas inabitadas por humanos, na maioria, ilhas.

O relato de Gênesis acerca do grande Dilúvio não é um embaraço para o cristão. Nós não somos postos em uma contradição entre os fatos estabelecidos da ciência e as palavras da Bíblia. Antes, nós temos mais um conjunto de provas objetivas que a Bíblia realmente é inerrante, não apenas em questões de fé e pratica, mas em todas as disciplinas, inclusive geologia e história.

Talvez se o mesmo se repetisse hoje não seria diferente, tal qual é mostrado na comédia "A volta do Todo Poderoso". Aliás, com relação a pregação do evangelho e da Vinda de Cristo, podemos dizer sem dúvida que a mesma coisa que aconteceu com Noé acontece para nós, cristãos, nos dias de hoje. O próprio Jesus alertou sobre isso:


"A vinda do Filho do Homem será como no tempo de Noé.Pois nos dias, antes do dilúvio, todos comiam e bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. E eles nada perceberam, até que veio o dilúvio e arrastou a todos. Assim acontecerá também na vinda do Filho do Homem."
(mateus 24: 37 - 39)


FONTE:

http://observadorantropico.synthasite.com/index/o-criacionismo-e-as-predi-es-da-ci-ncia

http://observadorantropico.synthasite.com/index/o-criacionismo-e-as-fezes-dos-dinossauros

http://www.apologia.com.br/?p=47

http://convictosoualienados.blogspot.com/2011/01/qual-teria-sido-data-do-diluvio.html

http://str.com.br/Atheos/diluvio.htm%22%3Ehttp://str.com.br/Atheos/diluvio.htm

http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20070516110946AALLpW7


http://a-jesus.webnode.com.br/news/nove%20evid%C3%AAncias%20%20biiiblicas%20que%20o%20diluvio%20foi%20global%20!/

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